Roxoterra, uma vitória para a história do Grande Prêmio São Paulo (G1)


Roxoterra  | Foto: Porfírio Menezes

A atropelada irresistível de Roxoterra escreveu mais um capítulo inesquecível do quase centenário Grande Prêmio São Paulo (G1), na festiva tarde do domingo, 15 de maio, no Hipódromo de Cidade Jardim.

Roxoterra colocou para sempre seu nome na história da maior prova do turfe bandeirante. Um triunfo maiúsculo com a benção do saudoso Eduardo Garcia - que treinava o cavalo até seu precoce falecimento no começo de fevereiro deste ano -, conquistado por seu irmão, Emerson Garcia - ganhador também do Presidente da República, com Bien Sureño (Neverending Stud) - que não cabia em si, num misto de felicidade, orgulho e saudade. Trabalho premiado com o primeiro êxito do treinador na icônica prova.

Jeane Alves não cansa de fazer história. Nascida na pequena Acopiara, no Ceará, chegou ao turfe para desbravar caminhos e conseguir feitos inéditos. Única mulher campeã da estatística de jóqueis no país, Jeane coloca mais um ponto de exclamação em sua carreira, sendo a primeira joqueta a conquistar o Grande Prêmio São Paulo. Determinada e incansável, Jeane emocionou a todos com suas lágrimas e encheu de orgulho quem aprendeu a admirá-la e respeitá-la num meio tão competitivo como o turfe. 

Da Tríplice Coroada Colina Verde a Roxoterra, campeão do GP São Paulo, a farda do Haras Fazenda Boavista empresta classicismo ao turfe nacional, sempre buscando engrandecer e fortalecer a atividade no país. As vitórias coroam essa paixão pelo Esporte dos Reis e a nítida emoção em todos os envolvidos após a coroação de Roxoterra mostram que a taça de 2022 foi extremamente merecida e está em boníssimas mãos. 

O train da carreira ficou a cargo de Olympic Linkedin, sempre perseguido por Head Office, que buscava o bicampeonato da prova. Nautilus, Osprey, Principe Daniel, Oberyn, Lorde Vick, King Four, Pablito Powder, Roxoterra, Olivia do Iguassu, Atomic Heights, He's Gold e Dom Cambay eram os próximos. 

Na reta decisiva, Head Office partiu logo para cima de Olympic Linkedin, que dava por encerrada sua missão. Oberyn ameaçava aberto e Nautillus melhorava francamente pela cerca interna. Com caminho livre, Roxoterra surgia pelo meio de pista com excelente ação.

Na tocada certeira de Jeane Alves e trazida na voz do locutor emoção, Roberto Casella, Roxoterra engrenou forte, superou Oberyn e Head Office nos metros decisivos e colocou uma página sem igual nos capítulos da maior prova do turfe paulista. Oberyn formou a dupla, com Head Office em terceiro. Vindo do fundo do lote, Dom Cambay conseguiu belo quarto lugar. Em grande performance, Nautillus finalizou em quinto.

Roxoterra é um 4 anos, filho de Gol Tricolor e Artemia, por Kalanisi, de criação e propriedade do Haras Fazenda Boa Vista. Na sua oitava vitória, a primeira de graduação máxima e a quinta nobre - as outras GPs Ministério da Agricultura (G2); Copa dos Campeões (G2); Criadores e Proprietários de Cavalos de Corrida de São Paulo (G3); e Clássico Candido Egydio de Souza Aranha (L.) -, Roxoterra passou a milha e meia, na grama macia, em 2min25s790

Por Fernando Lopes

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